“No início dos anos 80, quem mexia com informática era visto quase como se fosse astronauta”, lembra Paulo Bueno Mendonça, diretor executivo da Intellectual Capital. Há pouco mais de 25 anos, ele era apenas um estudante universitário que soube aproveitar a efervescência tecnológica ao aliar o treinamento prático em uma softwarehouse (empresa de programação) a um então curso inovador em Tecnologia da Computação no Mackenzie – ele pertenceu à primeira turma de graduação. A experiência lhe rendeu uma carreira em ascensão astronômica. Pouco depois de seis meses no estágio, foi efetivado e pegou gosto pelo métier. Passou em um teste em outra empresa para ganhar mais e, em 1983, já montava a PCI, sua própria empresa. O negócio acabou por funcionar como a incubadora da Intellectual Capital que, em 1995, atendia às demandas do mercado com uma plataforma de programação mais moderna do que a usada pela PCI. Hoje, o ex-estagiário “astronauta” pavimenta o caminho das estrelas para talentos em potencial. “Contratamos estagiários para serem aproveitados. Se investimos, é para não perder nenhum”, garante Mendonça, que mantém um índice de efetivação girando em torno dos 90%. (Atualmente, ele é CEO na IT4 Finance Cons. de Sistemas).
Publicação Agi 70 jul /Ago 2006