Antes mesmo da faculdade, já tinha o CIEE como parceiro. Por lá, aproveitei algum de seus cursos e programas de orientação vocacional na busca aflita pela resposta da pergunta “o que quero ser quando crescer?”. Eram tantas opções, e meu gosto era tão plural. Como pensar em apenas 1 alternativa? Depois de muito pesquisar, escolhi Comunicação Social. O curso não poderia ser melhor: primeira turma de Radio e TV, da reconhecida Faculdade Cásper Líbero (SP). Um curso novo com bastante liberdade de opinião, experiência real em produção artística, História da Arte e por aí vai.

Tudo fluía bem, até que, um ano depois, percebi as dificuldades de minha família para manter aquele custo. Fiz e refiz contas e pensei no futuro. Percebi que demandaria deles bem mais do que gostaria. Hora de reprogramar a rota!
Surge, então, o também conhecido Mackenzie (SP) e seu curso de Administração de Empresas – aquele que dizem ser feito para quem não sabe o que quer. Eu, confesso, não sabia muito o que esperar do curso, mas tinha clareza do que estava disposta a flexibilizar e de que tinha outras áreas de interesse que também podiam ser exploradas. Passada a “arrebentação” de matérias como Estatísticas I e II (que nada lembravam as aulas deliciosas aulas de Cinema e Sociologia), me desafiei a ir em frente. Uma vaga, então, me chamou atenção, processo seletivo feito e comecei a estagiar no CIEE, ajudando estudantes que, assim como eu, buscavam oportunidade no mercado de trabalho. Passava pelos corredores da faculdade, respondendo cumprimentos de quem provavelmente acabara de ingressar em algum estágio bacana. Era bom buscar vagas e ver aqueles jovens se movendo.

Pouco tempo depois, fui chamada para a Sede e lá mais um processo seletivo positivo: fui efetivada no RH, a área que mais me identificava. Como funcionária, foram anos de aprendizado, projetos interessantes, atividades burocráticas também, além de conhecimento sobre a atuação e a interdependência das áreas dentro de uma organização. Uma verdadeira escola, com pessoas de valores e propósitos próximos aos meus.
Mais uma etapa superada, canudo na mão e certa bagagem profissional… Senti que era hora de partir. Mudei de estado, deixei a família CIEE (e também a biológica) pra trás e busquei novos ares. Tudo novo de novo. Ninguém me conhecia.

Hora de reaprender (afinal SP só parece com SP mesmo), redefinir prioridades e “começar do zero” (na verdade, do “menos um”). Pouco a pouco fui conseguindo atuar nos segmentos de mercado que queria, em organizações que admirava e que investiam em meu perfil estudioso, mas também arrojado. De lá pra cá, muita história, uma filha, e o mesmo suporte da família distante. Não pensem, no entanto, que tudo foram flores. Houve bastante esforço, noites sem dormir, preocupação, ansiedade e inúmeras portas fechadas, acreditem. O segredo foi nunca desistir, até chegar a ser o que gostaria que fossem pra mim: um suporte estratégico como RH e, principalmente, como parceira de trabalho.

Hoje em dia, atuo como Head de Recursos Humanos na subsidiária brasileira de uma empresa multinacional, no segmento de petróleo & gás (RJ). Respondo por uma equipe relativamente grande, que se espelha e depende de minhas decisões e por quem eu trabalho com afinco, buscado me aprimorar como líder e me reinventar frente aos desafios de uma organização complexa, harmoniosa e plural (assim como eu!).

Obrigada, CIEE! Você foi uma porta de entrada e tanto!

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