O ramo jurídico sempre foi um sonho, quando ingressei na faculdade, vinha de uma jornada na rede pública de ensino e passava por sérios problemas de saúde na família, onde o meu pai, que era o provedor da família, encontrava-se doente.
O meu ingresso na faculdade foi uma experiência de muita garra pois havia muitos obstáculos que me impedia, além do mais, eu morava em uma cidade do interior de Goiás, chamada Pirenópolis e estudava a cerca de 70 km de distância em uma cidade chamada Anápolis.
Naquela época, o CIEE estava iniciando a parceria junto ao Tribunal de Justiça, e havia vaga no fórum da minha cidade para estágio e para minha alegria o mesmo era remunerado.
Aquele estágio abriu meus horizontes, 5 horas diárias de puro aprendizado. Eu trabalhava junto com o Juiz da Comarca, somado aquilo que eu aprendia na faculdade, o resultado não foi outro, no 8º período do curso eu passei na OAB.
Aquele resultado valeu todos os problemas que eu tinha passado, ainda mais porque pude receber minha carteira profissional ainda com meu pai no salão.
Após 11 dias dessa imensa alegria, tive uma grande tristeza que foi o falecimento de meu pai, no entanto, lembro perfeitamente do abraço e sensação de orgulho que o mesmo teve ao me ver aprovada em um exame que apenas 11% dos inscritos no país havia passado.
Agradeço o CIEE, pois o estágio e convívio com funcionários que atuavam no ramo, me ajudou como estudante. Há 7 anos atuo como advogada na cidade de Pirenópolis.