Antes de chegar à presidência da Gemelo, empresa que conta com a maior infra-estrutura compartilhada de armazenamento de dados da América Latina, Sidney Fabiani marcou sua trajetória profissional com decisões ousadas. A primeira delas foi abrir mão da estabilidade financeira, assegurada pela aprovação no concurso para o Banco do Brasil, para estagiar em uma produtora de vídeo, quando ainda estudava Comunicação na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). Outro passo decisivo foi mudar de curso, após constatar, em sua experiência na produtora, que não era a profissão que gostaria de seguir. Decidiu-se então por Administração de Empresas e, a partir daí, seguir em frente. “Meu maior mérito foi ter coragem de sair e mudar para a carreira de que realmente gosto”, enfatiza. Conquistou seu primeiro emprego na Nielsen, empresa de pesquisa, chegando a gerente de Desenvolvimento de Negócios, época em que teve de morar no exterior, passando pela Colômbia, pelo Chile e pelo México. Mas o que parecia ser o emprego dos sonhos era só o início de uma trajetória de sucesso. Ele passou a estipular um prazo para o seu crescimento profissional: se depois de dois anos não tivesse subido de cargo, mudaria de empresa. E foi o que fez. “Você tem de estar nas empresas que estão na crista da onda”, aconselha. Atitude arriscada, mas que o levou até a Gemelo, fundada em 2001 com fundo norte-americano, mas que em 2005 passou a ser uma empresa cem por cento brasileira. “O estágio marcou o começo de tudo”, reconhece.
Publicação Agi 91 jan/fev 2010